Ordem judicial foi expedida pelo ministro Félix Fischer, do STJ
Encontrar o dinheiro público que “escorreu direto para o esgoto”. Esse é o próximo passo da Força-Tarefa da Lava Jato no Rio, após a deflagração da Operação Boca de Lobo, que levou o governador Luiz Fernando Pezão à prisão, nesta quinta-feira (29).
O nome da ação foi inspirado justamente nos dispositivos instalados em vias para o escoamento das águas da chuva para as galerias pluviais, o mesmo, segundo a Polícia Federal, que foi feito com a verba dos cofres fluminenses pela organização criminosa que se instalou nos três poderes do Estado.
O Ministério Público identificou que, entre 2007 e 2015, na maior parte do período como vice do ex-governador Sérgio Cabral, Pezão recebeu mais de R$ 39 milhões em propina. O delegado responsável pela investigação, Alexandre Bessa, afirma que o atual chefe do executivo estadual assumiu a chefia da quadrilha de Cabral, orientando, inclusive, operadores financeiros próprios.
Pezão foi preso por determinação do ministro do Superior Tribunal de Justiça Felix Fischer, após pedido da Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge. Entre os outros oito alvos de prisão preventiva, estão o secretário de Obras, José Iran Peixoto, e o recém exonerado secretário de governo, Affonso Monnerat, preso no início do mês em outro desdobramento da Lava Jato.
O superintendente da PF no Rio, Ricardo Saadi, explica que o atual governador não só manteve as práticas criminosas à frente do executivo fluminense, como aperfeiçoou todo o esquema de desvio de recursos públicos.
Pezão vai cumprir pena na Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, na Região Metropolitana, em uma sala de Estado Maior, por estar no exercício do mandato, no momento da prisão.
BANDNEWS FM RIO | BY CHRISTIANO PINHO